Recomeçando

Recomeçar..., minha palavra chave do momento.
Me afastei daqui e de todas as redes sociais, dei um tempo pra pôr a cabeça em ordem. Fiquei reclusa, quietinha... só eu, meus pensamentos e Deus. Deus..., nossa como ele tem sido bom comigo, vocês nem imaginam. De tanta oração, seja da minha parte ou daqueles que me querem bem, Ele ouviu a todos os meus clamores. Ele ouviu e atendeu. A dor que me lacerava o coração não existe mais. A calma, a tranquilidade, a serenidade invadiram o meu ser totalmente. Ele me mostrou a verdade e a solução pro meu sofrimento.
Mas antes dessa paz aparecer na minha vida, tive um baque grande. Mas necessário pro meu recomeço.
O meu sofrimento, a minha dor vinham exclusivamente do amor que eu sentia pelo meu ex=marido, achava que a vida não tinha mais graça e nem razão pra exisitir sem ele. Que estupidez! E foi preciso esse baque pra eu perceber o quanto estava enganada e iludida.
Em toda conversa que tenho com ele, ele jura que não tem outra mulher, que não tem nada a ver isso com a nossa separação. E eu sempre pedi a ele que fosse sincero e honesto comigo por mais que me doesse. Mas não sou nenhuma criança boba e muito menos uma mulher cega que não enxerga o que tá acontecendo bem na sua frente. Pois bem, vejam vocês, como Deus não gosta de mentiras, Ele me mostrou a verdade.
Custei a acreditar, ou melhor não queria acreditar nisso, mas foi impossivel não ver. O celular dele toca e sempre ele não atende na minha frente, dá um jeito e vai pra garagem do prédio atender. Sempre que tem oportunidade ele sai todo arrumado, perfumado e só volta quase na hora de ir trabalhar (ele trabalha a noite), nos domingos que ele não trabalha ele simplesmente não dorme mais em casa. Tem chegado muito tarde do trabalho, coisa que ele nunca fez. Mas ele tem uma desculpa pra tudo isso, menos que seja outra mulher.
Até que um dia o celular tocou tanto, que eu falei pra ele: pode atender, vai deixar tocando? e me afastei. E ouvi que era uma mulher no tel, ela falava muito alto , mas não dava pra entender o que ela dizia. E ele atendeu cheio de intimidade e atenção. Ela tinha ligado pra avisar que encontrara um apt pra ele e queria que ele fosse ver. Ele prontamente marcou com ela pra manhã do dia seguinte irem juntos ver o apt. Vocês não sabem o que senti na hora! Uma mistura de raiva, ódio, rancor, uma sensação horrivel! Pedi satisfações a ele, inconformada com o que eu tinha ouvido. E ele mais uma vez negou, disse que era uma amiga, assim como ele tinha amigos também tinha amigas.
Mas quando eu parei pra pensar, vi que isso já estava a contecendo a um tempo, mas como estava tudo bem com a gente, acabei deixando passar. Como fui boba!
Nesse dia do tel, meu coração doía tanto... emocionalmente e fisicamente. Meu braço esquerdo começou a ficar dormente, eu chorava incontrolavelmente. Até que eu fiz a melhor coisa que eu podia ter feito, rezei muito pedindo ajuda a Deus. Que me aliviasse a dor, tirasse todo sentimento ruim de dentro de mim e que me desse paz. A cada frase dita em oração, meu corpo reagia, e todo mal que sentia foi embora. Uma paz enorme tomou conta do meu coração, um bem estar indescritivel tomou conta de mim. Minhas lágrimas passaram a cair de emoção, e eu comecei a agradecer a Deus e pedir perdão por tudo de errado que eu havia pensado.
Depois disso, fiquei quieta e avaliando meu casamento. Recordei momentos, situações, palavras ditas, emoções sentidas. E o balanço que eu fiz foi, que eu vivi muitos momentos felizes do lado dele, ele esteve presente me apoiando em certas situações da minha vida, nunca faltou com a responsabilidade de pai e marido. Mas também me fez chorar muitas vezes, me fez sofrer outras, deixei de fazer muita coisa que tinha vontade por causa dele, me anulei por ele, fui incompreendida várias vezes e no entanto fiz tudo que podia por ele.
Conclusão, acho que esse mal foi necessário, porque todo relacionamento tem suas brigas, mas não pode haver tanto sofrimento. Tinha dias que eu me sentia tão pressionada a não errar e ser julgada, que eu não sentia mais prazer nas coisas do dia a dia.
Hoje vejo tudo de uma forma mais realista e menos sonhadora. E decidi que não é isso que quero pra mim. Quero ser feliz!
Hoje sinto que não o conheço como achei que o conhecia. Não aceito essa falta de consideração e respeito que teve por mim. Se o sentimento acabou, tudo bem, fosse honesto e falasse comigo. Não fazer do jeito que ele fez. Isso não! Por isso que o amor se quebrou dentro de mim.
Não tenho raiva dele, não quero seu mal e espero que ele seja feliz também. Afinal de contas ele é o pai do meu filho e eu devo ao meu filho não ver os pais brigando e se odiando.
Apesar da traição negada, mas percebida, temos nos dado muito bem. Conversamos com calma sem nenhuma hostilidade, como amigos mesmo.
Porque isso? Como eu consigo fazer dessa forma? Simples. Se Deus não me abandonou, me deu a paz que eu tanto pedi e tem me ajudado de todas as formas, eu não posso desejar mal a essa pessoa que viveu por tantos anos do meu lado. Que por mais que tenha defeitos e cometa alguns erros, não tem o apoio da familia, não segue uma religião, sente que está sozinho. E Deus não quer que eu vire as costas pra ele.
A melhor coisa que eu tenho a fazer é viver minha vida e deixar ele viver a dele.
Se amanhã ou depois ele se arrepender ou não, a vida vai nos mostrar o melhor caminho a seguir.
E eu tenho certeza que do jeito que for, juntos ou separados, seremos ainda muito felizes.

No próximo post vou contar como Matheus tá lidando com tudo isso.
Obrigada pela força que vcs estão me dando, muito obrigada de coração.
Beijos.